Há tanto tempo
que já não recordava-me
do como teus olhos esbugalhados
penetravam nos meus
como facas frenéticas
que procuram o sangue
Luhanna del Rey
6 de fevereiro de 2013
1 de setembro de 2012
Eu ia lá
olhava a caixa de correio
sentava ao seus pés
esperava o carteiro
passei dias nessa rotina
de quem espera coisa de gente morta
Foi quando me atinei
na falta de respostas
e as ausências dos dizeres de quem gosta
me fizeram perceber que eu já inexistia
na tua vida breve e desapegada
sobre caiu-me a boemia...
olhava a caixa de correio
sentava ao seus pés
esperava o carteiro
passei dias nessa rotina
de quem espera coisa de gente morta
Foi quando me atinei
na falta de respostas
e as ausências dos dizeres de quem gosta
me fizeram perceber que eu já inexistia
na tua vida breve e desapegada
sobre caiu-me a boemia...
27 de agosto de 2012
18 de agosto de 2012
A partida- parte I
O tango, o vinho, o roteiro
tudo caminhava na mais impecável boêmia
menos aquele amor traiçoeiro
no qual os meus olhos há muito escondia
Mas hoje...Não!
os teus olhos nem me são tão tentadores
como aqueles que antes da partida
fizeram-me sentir amor e sofrer horrores
horrores de afeição reprimida
tudo caminhava na mais impecável boêmia
menos aquele amor traiçoeiro
no qual os meus olhos há muito escondia
Mas hoje...Não!
os teus olhos nem me são tão tentadores
como aqueles que antes da partida
fizeram-me sentir amor e sofrer horrores
horrores de afeição reprimida
16 de agosto de 2012
Reprimida
Tu me me perguntas o que sinto
com aquela preocupação dissimulada
de quem finge estar preocupando
e esconde não saber que está errando
Eu afirmo estar bem
dissimulando aquela preocupação
de quem finge não se preocupar
e ocultando que sou seu refém
com aquela preocupação dissimulada
de quem finge estar preocupando
e esconde não saber que está errando
Eu afirmo estar bem
dissimulando aquela preocupação
de quem finge não se preocupar
e ocultando que sou seu refém
7 de agosto de 2012
Ela ficou comigo
me ouviu e me acalentou
me esperou dormir ao som d'um cafuné
me secou as lágrimas até elas cessarem
Eu fiquei com ela
a ouvi e não movi uma palha
apenas assisti o seu declínio
de mulher que se acaba
O outro dia raiou
revoltei-me contra mim
minha inércia era repugnante
fazia enojar-me o espelho
e não te olhar mais como antes..
6 de agosto de 2012
Insensatez
Tudo anda tão absurdo
eu recostada no sofá
vendo TV no mudo
E sentindo tanto a tua falta
sentindo saudades de alguém
que nunca esteve nessas pautas
mas que anda não me querendo...
sair da carola
5 de agosto de 2012
30 de julho de 2012
29 de julho de 2012
10 de junho de 2012
frisson
Minha boca era janela
meus lábios, cortinas
meu sorriso, raios de Sol
que por ti iluminam
O passado com cara de noite
e a Lua, acompanhada da foice
e repleta de foscura
vinha com ar insosso
e lembranças da minha indoçura...
meus lábios, cortinas
meu sorriso, raios de Sol
que por ti iluminam
O passado com cara de noite
e a Lua, acompanhada da foice
e repleta de foscura
vinha com ar insosso
e lembranças da minha indoçura...
mau que faz mal
O mau que mais me faz mal
é saber que sem motivos
você me vem com essa desconfiança nociva
que a minh'alma se torna incisiva
Dói tanto que me deixa assim...
perto de papel, rabiscando os cantos
convertendo palavras em desencantos
é saber que sem motivos
você me vem com essa desconfiança nociva
que a minh'alma se torna incisiva
Dói tanto que me deixa assim...
perto de papel, rabiscando os cantos
convertendo palavras em desencantos
20 de abril de 2012
Ópio
O ócio era doce
feito tua companhia
como se me fazer feliz fosse
a tua alegria
feito tua companhia
como se me fazer feliz fosse
a tua alegria
Não precisava assunto
era desnecessário ponderar
faço parte do teu mundo...
e mais nada tinha a desejar
era desnecessário ponderar
faço parte do teu mundo...
e mais nada tinha a desejar
7 de março de 2012
Caipora
Nessa onda de “Pó de crer”
eu deixei essa nuvem
neblina
nublada
invadir entranhas de meu ser
até me libertar em frenesi [ainda ]
fuma(n)ças
fumaça
me furtam o ser
ou me devolvem o guia da arte [de viver]?
Ditoso
enrolado
permito-me sentir teus verdes prados
á delir o brado antes jocoso
eu deixei essa nuvem
neblina
nublada
invadir entranhas de meu ser
até me libertar em frenesi [ainda ]
fuma(n)ças
fumaça
me furtam o ser
ou me devolvem o guia da arte [de viver]?
Ditoso
enrolado
permito-me sentir teus verdes prados
á delir o brado antes jocoso
3 de janeiro de 2012
OPS!
Descobri que te amo demais...
mentira!
É tão fácil haver confusão
dentro de tão moço
e inexperiente coração
Digo que amo
acho que amo
juro que amo
E descubro que tudo
não passara de engano
mentira!
É tão fácil haver confusão
dentro de tão moço
e inexperiente coração
Digo que amo
acho que amo
juro que amo
E descubro que tudo
não passara de engano
2 de janeiro de 2012
IMPREVISTO
EU ESPEREI OUVIR ISSO
POR TANTO TEMPO
QUE QUANDO TU FALOU
O DESESPERO TEVE SUMIÇO
A VONTADE FOI-SE COM O VENTO
AJO COMO SE NADA TU TIVESSES DITO
POR TANTO TEMPO
QUE QUANDO TU FALOU
O DESESPERO TEVE SUMIÇO
A VONTADE FOI-SE COM O VENTO
AJO COMO SE NADA TU TIVESSES DITO
TUAS PALAVRAS SOBRE MIM
JÁ NÃO TEM EFEITO
EU JÁ ENFIM
VEJO TEUS DEFEITOS
JÁ NÃO TEM EFEITO
EU JÁ ENFIM
VEJO TEUS DEFEITOS
AQUELAS BORBOLETAS
EM MEU ESTÔMAGO
SOMEM OBSOLETAS
NO TEU ABRAÇO AO MEU ÂMAGO
EM MEU ESTÔMAGO
SOMEM OBSOLETAS
NO TEU ABRAÇO AO MEU ÂMAGO
MAIS NADA DE TI ME DIZ RESPEITO...
1 de janeiro de 2012
Disse o macumbeiro
Menina ceifa vida
própria
Vagabundo vira médico
Demo dá surra
Irmã débil
21 anos: muito frio
Pedro Baiano domina
E eu me abomino
Brinquedo Novo
A vida me
deu um brinquedo novo
Ele é de
porcelana e bonito
Tipo o outro
A pele é
clara e tem olhos verdes.
Só que esse
vem com botões (liga e desliga)
No humor dos
nossos flertes
Faço o que
quero
Sem me
preocupar
Com tanto
lero-lero
Não o amo.
Enrolo,
brinco
Jogo fora e
Xingo
Mas,
no-fundo-no-fundo também não desamo
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