27 de agosto de 2012

a covardia era grande
o fingimento desconcertante
e assim tudo caminhava
rumando ao fim

18 de agosto de 2012

A partida- parte I

O tango, o vinho, o roteiro
tudo caminhava na mais impecável boêmia
menos aquele amor traiçoeiro
no qual os meus olhos há muito escondia

Mas hoje...Não!
os teus olhos nem me são tão tentadores
como aqueles que antes da partida
fizeram-me sentir amor e sofrer horrores
horrores de afeição reprimida


16 de agosto de 2012

Reprimida

Tu me me  perguntas o que sinto
com aquela preocupação dissimulada
de quem finge estar preocupando
e esconde não saber que está errando

Eu afirmo estar bem
dissimulando aquela preocupação
de quem finge não se preocupar
e ocultando que sou seu refém



7 de agosto de 2012


                                                     













Ela ficou comigo
me ouviu e me acalentou
me esperou dormir ao som d'um cafuné
me secou as lágrimas até elas cessarem

Eu fiquei com ela
a ouvi e não movi uma palha
apenas assisti o seu declínio
de mulher que se acaba

O outro dia raiou
revoltei-me contra mim
minha inércia era repugnante
fazia enojar-me o espelho
e não te olhar mais como antes..


6 de agosto de 2012

Insensatez

Tudo anda tão absurdo
eu recostada no sofá
vendo TV no mudo
E sentindo tanto a tua falta 
sentindo saudades de alguém 
que nunca esteve nessas pautas
mas que anda não me querendo...
sair da carola













Tá ficando cada vez mais difícil
olhar-te nos olhos
e ocultar minha sanha de seus vícios

Aquele rosto de fada iluminada
sucumbiu com os lapsos insanos
ao libertar da jatância inebriada

Mas só o que me assusta
é não saber ao certo
até quando persistirá essa carduça

5 de agosto de 2012

Minha covardia

Depois de tanta coisa
eu agora venho com essa
De fazer-te meu objeto de desejo
          ***