30 de novembro de 2011

Desprezivel!
Era essa a palavra que a ti
pra mim, se tornara mais plausivel
e a cada desejo
teu por mim
eu achava ensejo
pra desdem

14 de novembro de 2011

Ah, se saudade matasse
A morte viveria é em mim
A tristeza por fim, teria fim,
E a felicidade, assim, vesamiasse-me

De certo contigo, sempre vivi
Sem ti, concerteza, não conseguirei resistir
Até dormir já não sei mais
E pusilanimente letarga, ando sem paz

Enclausurada neste recinto
Reminiscencio, e sinto, e observo
O silencio:
A onomatopéia da tua ausência.

14-11-11

13 de outubro de 2011

Me contorço num desespero
tímido
temendo a ideia de morte
e seu desatino

De mãos atadas
vendo sua vida
falindo

Tua pele gelada
me faz perplexa e me aflinge
pois a fraqueza, compressa e sem
piedade, te atinge
Deixar-te aqui neste
quarto
anda se tornando
cada vez mais difícil
seus delírios, até engraçados
me preocupavam
-Ai Deus, não sei o que faço!
Meu ócio, agora, é percorrer
por entre as rugas da
sua testa
afogar minhas mãos nesses
fios ralos de cetim grisalho
e ouvir seus devaneios
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                              O sorriso estampado na cara
é puro disfarce
servia agora de máscara
a ocultar a tristeza na face

gargalhadas dislúcidas
e olhos transbordos
deixavam a desalentação nítida
dos olhares chorosos

12 de outubro de 2011

Com o teu olhar alheio à realidade
assisto um delírio inocente
de quem jura
ter vivido uma eternidade
que , como tudo, tem um fim,
alega você, docemente

5 de outubro de 2011

Por mais que
razão e
minha boca diga
que não
a essência da tua pele,
o caramelo dos teus olhos
me secam de ti
e dissecam-me

23 de setembro de 2011

descubro aos poucos
a força que a carne
tem
me descontrola selvagemente...
a volúpia me faz refém

a cada dia que passa
eu me pego passada
nunca desejei nada
nem ninguém
nem nunca fiquei fascinada
ou mesmo tão apaixonada
pelo cheiro de alguém

22 de setembro de 2011

o gosto doce
dos teus lábios
jamais conseguiria esquecer
assim como aquela tarde ao seu lado
que rapidinho (não) vi alvorecer

a escuridão da noite, oclusa
pela pele alva
tua, e todo nua
era tudo o que desejava
o breu sem lua com avidez

21 de setembro de 2011

é fácil ver
que não existe exibição
me debato sem saber
onde escondo  a sedução
que cativa eles e elas
me sequiando ao contemplar
feito bando de sentinelas
o desencanto bipolar

18 de setembro de 2011

Raio de ócio

Ao fechar dos meus olhos
E ao sanar da minha loucura.
Era fácil sentir o doce do teu ósculo.

Da  boca que reinava o fel,
Tu com tanta doçura
Conseguira ordenhar meu mel
 Fazer do teu colo meu ócio

A (minha) voz irritante
Aos teus ouvidos era pura melancolia
Teu canto, pra mim, di-amante
A minha essência entorpecia
Feito raio de Sol iluminava
A noite insípida e vazia.

Inverno da alma

Por mais que a chuva venha
meu corpo permanece seco
feito ar da fogueira de lenha
ainda que o sol nasça
o calor que desejo não vem
até mim só chega fumaça.

A primavera já me floresce
com ar insipido de outono
em mim a alegria perece
o mesmo tempo que
gota d'água, na terra seca padece

"Todos me amam, menos eu!"
a vida e vento tentam me animar
em meio a esse ateneu.

chutando o balde

De agora em diante
Disposta estou:
a comer o farelo com os porcos
a conversar com bêbados
e  esquecer os mortos

quebrarei os vidros que pulsam
e aqueles que me expulsam
me abraçarão.

31 de agosto de 2011

Por mais que o louco
tentasse larapiar meu coração
você já fazia parte de mim
feito o vento do furacão

Sol e Lua se uniram
e dali então viveriam
a mais intensa paixão
o mais puro e impio amor
pregariam a mais bela e deliciosa alusão.




25 de agosto de 2011

Cansada de Ser ignorada
ando a passos curtos
feito uma "infortunada".


Chego á hora
em que me canso,
paro, penso, paro, penso
a vida perdeu seu encanto


Perda-se desalento!
Encontra-se comigo, Amor
não deixe que eu me perca
dentro do meu Ser trovador
paro, penso, paro, penso...
Talvez eu mereça a dor
e essa trilha toda sem
amor.








21 de agosto de 2011

Poder olhá-la sem ser percebida
fazia a vida, pra mim,
Ser menos doída.

Olhá-la era sentir
as doces recordações
daquele tempo em que nossos corações
choravam juntos
e sofriam mútuos
a dor ...

20 de agosto de 2011

vou dormir
antes que o galo cante
ou que  Lua, por cansaço
levante o Sol,
que incansavelmente,
procura nova canção
e melodia que me encante.
Momento mágico
foi - e sempre é -
como sair de mim,
ou...adentrar profundamente
em minha ambígua sina.

poesia é viver intensamente
cada raiva,
cada terror,
cada tristeza,
e, principalmente,
o amor
que traz
esse dom que tenho
de Ser mulher e menina.

11 de agosto de 2011

A cortina caía, esvaía-se,
escorraçada feito farrapo
pelo argumento fátuo
da pessoa infame.

Antes me calasse
pois tua "sutileza" talvez calejasse
o espelho, em degredo,
que oculta por medo
o ser alópata
com olhos ora mascavos,
ora extrínsecos...
esquivançada! 

Os olhos, doces, que antes
transbordavam hermetismo
Agora,
transcendiam flamulas
desse seu dipsomanismo

9 de agosto de 2011

Foi como fato ocorrido
romance consumado
doce era o sabor de teus lábios,
das mãos que me chocavam cálidas
o rosto gélido.
 Teus lindos olhos me fascinavam,
estatuavam-me e hipnotizavam.

Era tudo tão real
e ascendentemente sobrenatural...
que me doíam os ossos,
a cabeça arremessada ao chão, denunciava:
que tudo não passara de sonho,
essa minha viajada.


23 de julho de 2011

Te perdôo por todos os NÃOs
te perdôo por todos os sermãos
Por todos os descarregos
por toda essa abnegação
ao ablaçar me coração

Sei que tua verdadeira vontade
o tempo todo
era de me abarcar
em teu colo materno.

Te perdôo por todos os NÃOs
te perdôo por todos os sermãos
por toda sua tirania puritana
ao larapiar meu SER livre.

Sou consciente de que a coisa
melhor do mundo
É teu acalanto á minh'alma.

Mas, acho que tá na hora
de parar de lamber a cria...

16 de julho de 2011

Vá embora antes que...

Pare de dizer que me ama
Tua obcessão por mim
anda corroendo minha vida-drama.

Sei que o que te facinou
foi minha maturidade precoce.
minha doce insegurança,
meu olhar vazio
semelhante ao de uma triste criança.

Te peço, por favor
não espere que eu mude de ideia
-não vou mudar!-.
Não me deixe te machucar ainda mais...

13 de julho de 2011

Invasão

A felicidade
Meu âmago invade
expulsa de mim a maldade
Que aliás...
faz tempo que não a vejo.
Mas mesmo assim,
nem sinto saudade.

Você se pergunta:
PORQUÊ?
Eu lhe respondo:
Não sei...
Ou melhor:
sim, eu sei.
Mas, você só saberá
Quando eu,
Novamente me inspirar...

12 de julho de 2011

Admiro- te
pois tu  tens a capacidade 
De ignorar-me
Sendo uqe essa não é tua verdadeira vontade.

Não te entendo
Pois a última vez
Que nos falamos
Foste tão gentil...
pensei até em presentiar- lhes  com um abraço,
Mas me restringi
Pois tive medo
Que você podesse resistir.

Antes tivesse abraçado-te
Pois quem de mim
você teria gostado...
Talvez um laço entre nós teria se formado.

10 de julho de 2011

vida de vestibulando

em ano de vestibular...
tudo muda!
a cabeça muda,
o comportamento muda,
os objetivos mudam.
as posições se invertem...

O quarto vira biblioteca
A biblioteca vira quarto
A escola vira casa
O cursinho vira escola
A casa vira cursinho.

Os professores viram pais;
os pais, professores.
Os irmãos, execráveis.
As pedras viram rotina.
Os colegas, viram irmãos...
E os amigos; perdição!

A fome fica escassa;
O sono, vira obstáculo.
o sonho?
Alvo executável!

Chuva Mal-dita

Por que insistes em cair
chuva?
não sabe que tu
faz com que nós,
pequenos seres humanos,
sejamos vencidos
pela antipatia da indolencia?

espero que te canses logo,
e deixe que a energia
do irreverente Sol
penetre em nosso interior...
pois quem sabe assim
a Alegria
possa me habitar novamente/raramente.

indiferença insana

Hoje...
Nos encontraremos
De novo

Não sei como reagirás...
Será que me tratará
Com a mesma indiferença?

Temo por isso
Pois que já percebeste
Que eu...
Chamo tua atenção
Só que tu
Não entende porquê.
Pra ser sincera...
Nem eu!

Não sei exatamente
O Porque,
Porquê tenho tanta
Ternura e admiração
Por ti.

Enquanto não descubro
Me pergunto...
E continuo recolhida
Em meu cantinho.